Fisioterapia Pélvica: O que faz?
Boa tarde! (ou bom dia ou boa noite, dependendo da hora que você está lendo isto!)
Fiz este blog para falar da Fisioterapia pélvica, mas não expliquei o que ela trata!
Então vamos lá:
A Fisioterapia Pélvica,
também conhecida como Fisioterapia Uroginecológica e Obstétrica, trata as disfunções do assoalho pélvico.
“Muito
bem, já sei o que essa fisioterapia trata”, você está pensando... “Mas o que é
o assoalho pélvico?”
O assoalho pélvico é o
conjunto de músculos, ligamentos e fáscia (uma espécie de membrana) que ficam
no fundo da pelve, fechando o fundo dos ossos da “bacia”. Basicamente, estes
músculos tem a função de sustentar os órgãos da região (bexiga, útero, vagina,
próstata, intestino grosso), controlar a saída de urina e fezes (função de
continência), e promover resposta sexual.
Sabendo
as funções do assoalho pélvico, podemos imaginar as disfunções dele, ou seja,
seu mau funcionamento. E é aí que a fisioterapia atua.
Principais
Disfunções do Assoalho Pélvico
Como disfunções do assoalho
pélvico, temos as miccionais, coloproctológicas, sexuais e prolapsos dos
órgãos. Vamos lá conhecer cada uma delas:
Disfunção
Miccional: As mais conhecidas são a incontinência urinária,
retenção urinária e enurese noturna.
Retenção
urinária: a pessoa não consegue esvaziar a bexiga adequadamente.
Pode ser causada por tensão no assoalho pélvico ou mau relaxamento destes
músculos.
Enurese
noturna (xixi na cama): A enurese noturna (fazer xixi na cama enquanto dorme) que acontece
a partir dos cinco anos de idade é também disfunção miccional e deve ser
tratada.
Perder
urina não é normal em nenhuma idade!
Disfunção
Coloproctológica: Nas disfunções coloproctológicas temos a
incontinência fecal e constipação.
Incontinência
fecal: ocorre de forma parecida com a urinária, mas ao invés de
urina há perda de fezes e/ou gases involuntariamente.
Constipação:
esta alteração pode ser ocasionada por tensão muscular, má coordenação de
contração e relaxamento da musculatura e comportamento inadequado ao evacuar
(por exemplo não sentar no vaso
corretamente)
Disfunção
Sexual: As alterações sexuais, como dispareunia (dor
durante a relação sexual), o vaginismo (contração involuntária dos
músculos vaginais que impedem a penetração), a anorgasmia (ausência de
orgasmo), a ejaculação precoce e a disfunção erétil também podem
ser causadas por alterações no assoalho pélvico, podendo ser por fraqueza,
tensão ou má coordenação desta musculatura.
Mesmo quem não tem estes
problemas citados acima pode se beneficiar da fisioterapia pélvica para
melhorar o desempenho sexual.
Prolapsos: Quando
os órgãos internos pélvicos descem, saindo de seu lugar, chamamos de prolapso.
Exemplos são o prolapso uterino, do reto, da vagina e da bexiga. Muitos desses
prolapsos são conhecidos popularmente como “bexiga caída”, “cistocele”, “retocele”,
“prolapso da cúpula”, dependendo do órgão envolvido.
Em alguns casos o
tratamento do prolapso é cirúrgico, porém não adianta fazer cirurgia se o assoalho pélvico
está fraco. Portanto, antes (pré-operatório) e depois (pós operatório) da
cirurgia a fisioterapia deve ser realizada, objetivando melhorar a coordenação
motora e força muscular.
Viram só como é grande a
área de atuação da fisioterapia pélvica? E há ainda o trabalho com gestantes
(tema de um post). E é democrática, para todos os sexos e faixa etária.
Se identificou
com alguma disfunção? Quer melhorar a performance sexual? Está grávida? Procure
seu fisioterapeuta pélvico!
Grande Beijo, até a próxima!
Bianca Herbe