Bexiga hiperativa: a corrida ao banheiro
Olá! Vamos conversar hoje sobre a bexiga hiperativa. O
nome é estranho, mas os sintomas você vai reconhecer.
A
Síndrome da Bexiga Hiperativa é um conjunto de sintomas que incluem: urgência miccional
com ou sem incontinência, elevada frequência miccional e noctúria (levantar à noite para urinar). Vou exemplificar:
Uma
pessoa tem bexiga hiperativa quando:
· Vai ao banheiro urinar mais de 8 vezes ao dia;
· Toda vez precisa correr ao banheiro porque tem a sensação que vai se urinar na roupa (perder urina);
· Às vezes urina na roupa (perde urina);
· Levanta mais de uma vez enquanto está dormindo para urinar.
· Vai ao banheiro urinar mais de 8 vezes ao dia;
· Toda vez precisa correr ao banheiro porque tem a sensação que vai se urinar na roupa (perder urina);
· Às vezes urina na roupa (perde urina);
· Levanta mais de uma vez enquanto está dormindo para urinar.
Nem
sempre estes sintomas estão juntos: a pessoa pode ter bexiga hiperativa e não
levantar tantas vezes a noite para ir ao banheiro, vocês entendem?
Às
vezes, para confirmar o diagnóstico de bexiga hiperativa, o paciente realiza o estudo urodinâmico.
O estudo urodinâmico confirma que a bexiga contrai mesmo tendo pouca urina
dentro dela (em termos técnicos, a bexiga tem uma “hiperatividade detrusora”).
Usa-se também o diário
miccional, onde o
paciente anota os horários que urinou e/ou perdeu urina, para verificar como
esta o comportamento da bexiga.
Como é o tratamento?
O
tratamento tanto pode ser medicamentoso como fisioterapêutico. No caso do medicamento, o médico (único
profissional que prescreve medicamentos!) geralmente prescreve os
anticolinérgicos, como oxibutinina.
A terapia
comportamental é importante e ensinada nas sessões de fisioterapia.
Ela se constitui de reeducar os hábitos miccionais (por exemplo, urinar em
horários determinados e adotar uma postura correta no sanitário) e evitar
certos tipos de alimentos que irritam a bexiga.
Além
da terapia comportamental, a fisioterapia atua na reeducação do assoalho pélvico –
sabe-se que a contração correta do assoalho pélvico inibe a hiperatividade da
bexiga. Por isso, durante as sessões são realizados exercícios para o assoalho
pélvico e eletroestimulação (aparelho que emite corrente elétrica).
Um
dos tratamentos mais recomendados na fisioterapia para bexiga hiperativa é a estimulação do nervo
tibial posterior (PTNS, sigla em
inglês). Este nome tão grande significa que, na região do nervo tibial
posterior (este nervo fica na perna) são colados dois eletrodos e liberada uma
corrente elétrica (geralmente “TENS”, o famoso “choquinho” usado em outras
áreas da fisioterapia). A pessoa sente apenas um formigamento na perna e pé.
Este tratamento apresenta ótimos resultados, e funciona porque o estímulo
elétrico percorre o nervo da perna (tibial posterior), chega à raiz nervosa
dele (na coluna lombar) e encontra o nervo da bexiga (nervo pélvico, nesse caso),
tirando a hiperatividade dele.
Todos
os tratamentos fisioterapêuticos são confortáveis, sem efeitos colaterais e há
poucas contraindicações.
Como
vimos, a bexiga hiperativa tem tratamento. Se você se identificou com os
sintomas, procure o médico (de preferencia ginecologista ou urologista) e o
fisioterapeuta pélvico (uroginecológico). Não realize qualquer tipo de exercício ou aparelho sem antes consultar o fisioterapeuta pélvico.
Beijos, até a próxima!
Bianca Herbe